Empresas do setor dos eventos reclamam medidas excecionais de ajuda

14 Jul 2020

O Grupo Spormex recebeu ontem, dia 13 de julho, a visita institucional dos Presidentes da Câmara Municipal e da Associação Comercial de Braga e de diversos deputados à Assembleia da República eleitos pelo círculo eleitoral do distrito de Braga.

A iniciativa, promovida por um conjunto de empresas portuguesas do setor de montagens de stands e eventos, pretendeu sensibilizar as forças políticas e as autoridades portuguesas para as enormes dificuldades que o setor vive e reinvidicar um conjunto de medidas necessárias e urgentes para salvaguardar a sustentabilidade destas empresas e dos seus postos de trabalho.

Segundo Lourenço Fernandes, Administrador do Grupo Spormex, este setor agrega cerca de 350 empresas que geram um volume de negócios anual na ordem dos 750 milhões de euros, empregando aproximadamente 100 mil trabalhadores.

“Desde o passado mês de março, as empresas do setor têm a sua atividade integralmente paralisada, sem qualquer antevidência da sua retoma, pelo que, caso não sejam tomadas medidas específicas de apoio ao setor, a maior parte destas empresas corre sério risco de insolvência, com os efeitos dramáticos que daí decorrerá ao nível do desemprego”, afirmou.

“Portugal não pode ficar mutilado de empresas vocacionadas para este ramo”, referiu Lourenço Fernandes, salientando que esta fileira é bastante requisitada pelo mercado internacional, elevando o nome de Portugal no estrangeiro com prémios de design de stands, sendo responsáveis pelo aumento das exportações, contribuindo positivamente para o equilíbrio da balança comercial.

Para o Presidente da Associação Comercial de Braga, Domingos Macedo Barbosa, a situação excecional deste setor merece um tratamento excecional do Governo, defendendo a prorrogação do lay-off até, pelo menos, dezembro de 2020, que deverá ser reforçado pela comparticipação integral da Segurança Social das remunerações aos colaboradores, incluindo aos sócios-gerentes e administradores destas empresas.

O Presidente da ACB alertou, ainda, para a importância das entidades públicas, procederem à liquidação dos valores em débito às empresas do setor, com a maior urgência possível, “por forma a ajudá-las a atravessarem a fase mais crítica”, reforçou.

O Presidente da Câmara Municipal de Braga sublinhou que não faz sentido que a DGS já tenha dado orientações em que moldes se podem organizar concertos, atividades lúdicas ou desportivas, e tenha esquecido o sector dos eventos, com as empresas do sector a registarem “faturações próximas do zero desde março”.

“Do ponto de vista do território, tudo faremos para contribuir para a retoma da atividade e recuperação da confiança dos nossos cidadãos e de todos os que nos visitam, já que vários eventos estão precisamente associados a essa componente turística”, assegurou Ricardo Rio.

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