Hortofrutícolas – Informação obrigatória não disponibilizada ao consumidor
30 Jan 2020
Na hora de comprar um produto, a informação do país de origem dos alimentos reforça a confiança dos consumidores, tendo assumido uma importância cada vez mais significativa na escolha dos consumidores, no momento da compra.
Ciente desta realidade, a Deco Proteste consultou 50 pontos de venda de frutas e legumes, 25 dos quais de comércio tradicional e 25 de super e hipermercados, onde verificou a informação afixada em frutas e legumes sob a forma de venda a granel, bem como o preço e o nome do fruto ou legume, concluindo que apesar da obrigatoriedade legal de fácil visibilidade e legibilidade destas informações, muitos empresários ainda não cumprem esta obrigação, impossibilitando a sua consulta/leitura.
Como principais conclusões deste estudo, a Deco Proteste verificou a existência de uma discrepância entre o volume de informação disponibilizada pelo comércio tradicional e a restante distribuição, o que se revela uma desvantagem para o comércio tradicional no processo de compra do cliente.
No comércio tradicional e, em especial, nos mercados municipais, 50% não apresentava de forma visível a informação dos produtos, tendo o consumidor de solicitar a informação ao vendedor.
Ainda nos mercados municipais, a falta de informação estende-se também a outras informações obrigatórias, como o calibre e a categoria da maçã e da laranja, não sendo encontrada em cerca de 35% dos casos.
Também no que diz respeito ao produtor os números são discrepantes: a informação estava apenas disponível em 64% dos pontos de venda do comércio tradicional.
Segundo os autores do estudo, a falta de cumprimento das normas aplicáveis bem como da avaliação da respetiva importância para o aprofundamento da relação com os consumidores comprova-se limitativo para o desenvolvimento das empresas em questão.
Assim, a Associação Comercial de Braga, em defesa de uma saudável concorrência entre os diversos operadores, apela ao cumprimento integral da regulamentação em vigor, destacando a importância económica e até estratégica deste ato, que, para além de combater a informalidade económica, beneficia os operadores que prestam a maior informação com a preferência dos consumidores.